
Queima e arde
A pele azul desse planeta
Sanguinária dor
Maldita flor
Cospe o verbo do teu verso no crepúsculo.
Abre as fendas do teu pulso
Entre as pernas,
Espermas sensíveis ao calor,
Devasta flor
De ozônio na camada.
Gelatinai a alma todo ser
Beijai, o busto da compadecida.
Que eu trarei eu meu pranto girassóis
Anais das primaveras e outonos
Arde as veias
Nos barrancos desse rio
Roça a língua na tua boca quero mel
Voz de Pedro, vez do povo
Vês por outras
Vontade da terra e do céu.
Tingi o cálice do teu sangue nesse vinho
Soprai areia em seus olhos como flores
Que eu trarei cores virgens sem espinhos
Máximas perdidas no caminho.
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