segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Anais das Primaveras e Outonos


Queima e arde
A pele azul desse planeta
Sanguinária dor
Maldita flor
Cospe o verbo do teu verso no crepúsculo.

Abre as fendas do teu pulso
Entre as pernas,
Espermas sensíveis ao calor,
Devasta flor
De ozônio na camada.

Gelatinai a alma todo ser
Beijai, o busto da compadecida.
Que eu trarei eu meu pranto girassóis
Anais das primaveras e outonos

Arde as veias
Nos barrancos desse rio
Roça a língua na tua boca quero mel
Voz de Pedro, vez do povo
Vês por outras
Vontade da terra e do céu.

Tingi o cálice do teu sangue nesse vinho
Soprai areia em seus olhos como flores
Que eu trarei cores virgens sem espinhos
Máximas perdidas no caminho.

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