segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Eu Rio


No deslizar de velhas canoas
Um índio e seu rio, se vão.
Seguindo as águas da vida,
Barrentas e tortuosas corredeiras
Tal qual a vontade das chuvas.
Mas é verão.
O rio se torna espelho
E nos tapetes brancos de areias
És magia.
E o mundo é nosso.
Nessas praias a consciência dos homens,
Branda e natural
Marcará no tempo
A própria existência de tudo.
Ilhas,
Ilhado me sinto no Bananal
Em terras de Karajá
No coração do Brasil.
Mande um beijo pra mim
Pra ser mais feliz, assim
Nos braços do Tocantins
Corre, vai correndo ao rumo do mar.

Quando as águas límpidas desse rio
Marcar teu corpo
Verás que minha boca ainda madruga
Na satisfação têmpora
Dos lábios que não são meus.
Mesmo que ainda distantes.

Nenhum comentário: